Por Cris Paiva, Consultora em Comunicação*
Eles chegaram para ficar e conquistam cada vez mais espaço nos mais variados segmentos profissionais. Sim. Os robôs dão conta de executar tarefas complicadas, aceleram os processos, reduzem os índices de erros e ajudam na diminuição de custos. Mas, será que eles são capazes de reproduzir algumas competências essenciais no ambiente de trabalho?
Definitivamente, a resposta é não. As máquinas não possuem certas habilidades que, pelo menos por enquanto, são exclusivas dos seres humanos. Mas, a contradição é que apesar de ter várias vantagens competitivas sobre os robôs, o homem nem sempre usa essas habilidades a seu favor.
Quer um exemplo? A comunicação interpessoal. Apesar de estar a anos luz de uma máquina nesse quesito, nem sempre o ser humano explora todas as suas potencialidades. Ao interagir com um colega de trabalho, você realmente tem uma escuta ativa? Isso significa não só ouvir, mas escutar o que o outro diz.
Além disso, favorecem a comunicação interpessoal habilidades como a demonstração de respeito pela postura e posicionamento do outro, a capacidade de dar um retorno construtivo e a utilização de uma linguagem corporal positiva que complemente a linguagem verbal. Também se destaca o profissional que sabe fazer perguntas e que tem a mente aberta para novas possibilidades.
Podemos citar ainda como grandes vantagens competitivas do ser humano a inteligência emocional e a empatia. Afinal de contas, somos craques no quesito “emoção”. Essa é uma característica exclusivamente humana. Mas, não são raras as situações em que as pessoas se deixam dominar pelos seus próprios estados emocionais e agem por impulso.
Amplie as suas habilidades
Para dominar as reações diante das situações é preciso se autoconhecer. É necessário compreender por que reagimos de formas disfuncionais. E diante de outra pessoa, podemos usar e abusar da empatia. Isso significa olhar o outro com os olhos do outro. Sim. É saber se colocar no lugar de alguém para entender por que ele sente, age e se comporta de determinadas maneiras.
A capacidade de adaptação é outro grande diferencial do ser humano. Quantas mudanças você já enfrentou no mercado de trabalho? E como você reagiu diante delas? Com resistência ou com flexibilidade? O que se espera é que o profissional consiga se adaptar às transformações para seguir em frente. Já dizia o naturalista inglês Charles Darwin: sobrevivem aqueles que conseguem se adaptar. Essa é a essência da tão falada “resiliência”.
Além da flexibilidade, o ser humano pode usar e abusar da criatividade. O homem é capaz de encontrar soluções criativas para problemas que emperram as engrenagens e impactam o funcionamento das empresas. Você anda exercitando a sua criatividade? Ou fica paralisado quando se depara com situações desafiadoras?
Para encerrar a nossa conversa, podemos listar outros diferenciais do ser humano: o pensamento crítico diante das informações, a capacidade de tomar decisões complexas, a habilidade de liderar equipes e de agir de forma ética ao se deparar com determinados dilemas. É claro que as máquinas são extremamente úteis para melhorar o nosso desempenho. São ferramentas complementares e devem ser usadas como tal. Mas, lembre-se, é preciso colocar em prática essas habilidades que nos tornam tão únicos. Você tem feito isso?
