Objetividade na comunicação

A objetividade na comunicação está relacionada à maneira como o falante organiza a sua linguagem para poder se expressar. Seja passando uma ordem, solicitando ajuda, dando um feedback ou fazendo uma apresentação, se expressar de maneira que o interlocutor possa compreender rapidamente a linha mestre do conteúdo é fundamental.

Vivemos em um momento de explosão de informações e estímulos que podem desviar a atenção de qualquer um, por isso usar uma estratégia forte de comunicação eficaz é mais do que necessária.

É claro que a comunicação é uma via de mão-dupla e para dar sentido ao conteúdo, tanto o falante quanto o interlocutor tem grande responsabilidade. Porém aquele que expressa precisa ter grande cuidado e atenção para conseguir engajar o ouvinte e fazê-lo entender o que se pretende.

É preciso fazer uma análise prévia dos objetivos ao se comunicar, além de buscar compreender e saber quem é o seu público-alvo.

Então, sugiro fazer as seguintes perguntas: O que essa pessoa sabe sobre o que estou falando? O que ela provavelmente ainda não sabe? O que ela precisa saber ou o que é interessante que saiba?

Essas perguntas podem nortear a linha mestre do conteúdo e facilitar o processo de objetividade na comunicação. Quando estruturamos a linguagem com base nas respostas a essas perguntas dizemos que estamos usando a comunicação “SER”. Essa é uma terminologia criada pela fonoaudióloga e coach Débora Brum e tem o seguinte significado: Sucinta(S), específica (E) e relevante (R).

Expressar-se de maneira sucinta é saber fazer a síntese de tudo o que pretende expor sem deixar de falar dos detalhes importantes. Um discurso pouco objetivo, prolixo e que não é compreendido pela audiência pode ocorrer por falha na organização adequada das ideias, por dificuldade de extrair a mensagem principal ou por não conseguir resumir um conteúdo extenso. Para estruturar bem as ideias é importante definir qual a linha mestre (mensagem principal) e quais as mensagens secundárias.

O outro fator importante é a comunicação específica. Muitas vezes acontece o uso de frases e termos generalistas como: você precisa melhorar seu relatório ou você precisa ser mais organizado. Essas são frases sucintas, porém não dizem com especificidade o que exatamente o sujeito deve fazer. Pensar nas ações e nas expectativas que se têm do outro facilita a construção dessa linguagem.

Vamos supor que o relatório não ficou bom porque necessita de alguns dados que não foram colocados. Então, a fala deve ser: Você precisa inserir os dados “xyz” em seu relatório para que fique completo. O que precisamos dizer deve ser expresso de maneira específica, pois nem sempre o que é óbvio para quem diz está claro para quem ouve.

E por fim, se expressar de maneira relevante consiste em compreender as expectativas e necessidades do interlocutor de forma que o falante saiba e consiga se conectar de forma útil e generosa. Um grande exemplo está na compreensão da “dor do cliente” e busca de soluções que possa ajudá-lo. A comunicação relevante é aquela que se torna útil, generosa, que indica os benefícios ao interlocutor e leva em consideração os interesses dele.

Comunicar-se de maneira objetiva, específica e generosa pode, em primeiro momento, dar trabalho, mas sem dúvidas evitará retrabalhos.

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